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DeFi e a tokenização do mercado imobiliário

DeFi e a tokenização do mercado imobiliário

DeFi e a tokenização do mercado imobiliário

O setor imobiliário é visto tradicionalmente como uma das classes de ativos menos líquidos do mercado. Transações imobiliárias exigem administração de imóveis, muito trabalho jurídico, garantias e papelada e bastante planejamento. Mas, e se as propriedades fossem tokenizadas na blockchain, e o investimento nesse tipo de ativo fosse simplificado, a ponto de “fatiar” imóveis de luxo que valem alguns milhões de reais?

Essa é a premissa da conversa que tivemos com Cássio Krupinsk, empreendedor, investidor do mercado de cripto e CEO e fundador da BlockBR, uma fintech especialista em tokenização e investimentos em ativos digitais, que está preparando um projeto inédito – o primeiro DeFi para o mercado imobiliário, chamado T-Propt, que vai tokenizar e comercializar casas de luxo. A solução está sendo desenvolvida no Brasil e na Suíça e já dá a largada com um fundo de R$ 50 milhões para suportar a iniciativa.

Abaixo você confere destaques da conversa. A entrevista completa, em vídeo, você confere abaixo ou no canal da ANBIMA no YouTube.

A tokenização dos imóveis

O empreendedor Cassio Krupinsk conta que tem um portfólio de mais de 22 startups criadas ou investidas. De família tradicional dentro do mercado financeiro, começou sua carreira aos 16 anos como um aprendiz dos irmãos Joseph e Moise Safra, mas ficou por pouco tempo. Aos 20 anos começou a empreender e, em 2018, “por conta da onda dos criptoativos, e já imaginando que eles teriam uma revolução própria, não só pela descentralização, mas pela democratização do acesso”, assumiu o cargo de business manager da CoinPayments, fintech ligada a pagamentos com uso de criptoativos. Em 2021 voltou a empreender, criando a BlockBR, uma tokenizadora de ativos de recebíveis (tokenização de securities).

 Tokenizando ativos físicos

“Fazer a tokenização de um ativo e fazer a oferta desse ativo digital de forma democratizada é uma história linda, mas precisamos ainda ter uma evolução na cultura de blockchain e Web3, porque embora ela seja muito mais simples que a Web 2.0, todos esses termos novos que ela traz ainda criam muita confusão na cabeça das pessoas.

Vou dar um exemplo: não adianta eu tokenizar cabeças de gado e criar uma DeFi para o setor de pecuária, se o setor ainda não tiver uma tecnologia de blockchain funcionando, onde ele pelo menos armazena dados para que você tenha a imutabilidade e a eficiência desses dados que garantam a segurança junto com a garantia real. Enfim, tem muito ainda para avançar.”

 Imóveis de luxo, acessíveis

“O setor imobiliário sempre foi uma área que vi com bons olhos. Nós criamos então dentro da BlockBR a tokenização de ativos físicos, e aí entram nessa categoria setor imobiliário. Para fazer isso, nós tivemos que criar um projeto dentro da empresa que estivesse dentro das adequações regulatórias e que também fizesse sentido para o mercado. Decidimos criar uma incorporadora (aproveitando a lei de 2019 de multi propriedades) e eu convidei quatro arquitetos renomados para fazer parte – Gui Mattos, Felipe Diniz, Arthur Casas e Tiago Bernardes.

Um dos focos foi a mudança de visão das pessoas sobre imóveis pós-pandemia. Uma casa de R$ 5 milhões é uma casa muito legal, mas em momento de crise econômica, guerra e instabilidade, achar pessoas com esse dinheiro fica muito mais difícil, certo?

De olho no Real Digital

“Criamos então a T-Properties, que faz projetos e construção de casas de luxo e a oferta de frações de multi propriedades – tem frações de 8 a 32 cotas, dependendo do lugar. Se a gente estivesse falando do mercado tradicional, ela seria basicamente uma SPE que é dona de uma casa, e essa casa é vendida em 8 frações, que representam 12% de propriedade dentro dessa SPE.

Nós montamos uma DeFi, que substitui um fundo imobiliário, no qual o aporte dos investidores tem a propriedade como garantia até que seja feita a venda total das cotas para uso. Nós criamos dentro do projeto NFTs de direito de uso de todas as outras propriedades.

O que estamos aguardando acontecer no mercado, do lado do regulador (Banco Central), é o Real Digital (a CBDC brasileira) porque o próprio Real Digital vai funcionar como um registro das transações através da blockchain. Dessa forma, vai facilitar muito a descentralização, a injeção de liquidez de capital de fora para dentro, e a oportunidade de oferta de dentro para fora.”

Fonte: ANBIMA Linkedin

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