O Drex pode ser considerado o grande divisor na história da criação de uma economia tokenizada, pois ele representa a aceitação do token na área mais sensível e, por muito tempo, mais resistente à sua aplicação: o sistema monetário de um país.
A resistência dos governos e órgãos reguladores era natural, afinal os tokens têm como premissas a descentralização de poder sobre os ativos e a maior liberdade de ofertantes e investidores para negociar.
Tudo isso está suportado na excelência de segurança e transparência da blockchain e dos contratos inteligentes e aqui começa a história do real digital e de mais de uma centena de projetos de tokens fiduciários no mundo.
Os conhecidos benefícios do token para a alavancagem de transações de investimentos estão sendo estendidos ao dia a dia das pessoas, gerando inclusão financeira e maior agilidade para os negócios.
Mas será que o drex vai substituir o real?
Existe diferença entre o real digital e as criptomoedas?
Para um modelo de negócio tão jovem como a tokenização, muitas dúvidas são compreensíveis e por isso a BLOCKBR, uma empresa que desenvolve infraestrutura de tokenização, mostrará o que é o drex, as suas características e vantagens para a economia brasileira!
O QUE É O DREX
Em linhas gerais, o drex é o formato digital do real – a versão criptográfica da moeda fiduciária. Com o lançamento oficial no mercado, todo brasileiro terá acesso a três formas diferentes e simultâneas de real: o dinheiro físico, os saldos em contas bancárias e o saldo de drex em carteira digital.
É importante ressaltar que não será obrigatório ter saldo em drex, ele é uma alternativa importante para estimular a digitalização da economia entre as pessoas, em especial a população que não tem acesso ao sistema bancário tradicional.
Em uma visão global, o drex é uma CBDC – central bank digital currency ou moeda digital de banco central – a transformação monetária mais profunda desde a criação do bitcoin com o seu modelo descentralizado de pagamentos.
Para ter uma ideia da magnitude dessa transformação, em março de 2023 já existiam 114 projetos para tokenizar moedas fiduciárias, representando 95% do PIB global.
As nações e blocos econômicos, como a comunidade europeia e seu projeto de euro digital, e a moeda digital do BRICS, apostam nos ganhos expressivos que as moedas digitais de países trarão para as economias internas e as relações mundiais de negócios.
Dentre todos esses projetos, a implantação do drex é um dos mais avançados.
O QUE SIGNIFICA O TERMO DREX?
O termo drex é uma sigla que se compõe dos seguintes significados: D para digital, R para real, E para eletrônico e X para a ideia de modernidade e de conexão. A aposta é em um nome simples e fácil de memorizar e que se apoia na facilidade com que o PIX foi incorporado na linguagem diária.
QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO DREX?
EMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
A emissão e regulação de oferta de drex serão feitas apenas pelo Banco Central através de um ambiente de registro distribuído (distributed ledger technology) desenvolvido com tecnologias, entre elas a blockchain, a mesma usada na criação de criptoativos.
Porém, é importante ressaltar que esse ambiente é de acesso exclusivo do banco, diferentemente da blockchain pública ou privada de empresas, usadas para emitir criptomoedas e tokens.
A distribuição da CBDC brasileira no mercado – na prática, a transferência de saldo do real para drex – será feita pelos bancos e instituições financeiras.
Para receber e transacionar drex, será preciso ter uma carteira digital.
USO DIÁRIO
O saldo de drex será usado nas transações em que o receptor aceitar real digital. Podemos ver que será processo gradual de penetração no mercado, à medida que os atores perceberem as vantagens de usar real digital.
Por outro lado, sendo um ativo digital financeiro, o drex será altamente competitivo nas operações digitais descentralizadas que funcionam ininterruptamente e onde as moedas digitais são absolutas, como a compra de ativos tokenizados, e nas operações que dependam de condicionais.
Um bom exemplo é a transação imobiliária tokenizada, que requer total segurança para a sua efetivação e o real digital será um ator importante nela.
Tudo será feito instantaneamente a partir das condições definidas no contrato inteligente inserido na blockchain. Se o imóvel não tiver regularidade fiscal – uma das condicionantes para a transação – nada será realizado.
VALORAÇÃO DO DREX
O drex é a versão digital da moeda nacional, portanto o seu valor é atrelado ao real – 1 drex valerá sempre 1 real. Porém, o drex não é uma stablecoin, a moeda digital pareada a um ativo real – commodity, outra criptomoeda e até mesmo uma moeda fiduciária.
O drex é uma espécie de espelho digital da moeda corrente, sem valor intrínseco que possa afetar a relação cambial do real com outras moedas nacionais.
![PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE A MOEDA DIGITAL DO BRASIL](https://blog.blockbr.com.br/wp-content/uploads/2024/03/duvidas-sobre-drex-blockbr.jpg)
PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE A MOEDA DIGITAL DO BRASIL
Evidentemente, existem muitas dúvidas até mesmo entre agentes do mercado de capitais e órgãos sobre o funcionamento do token na economia. Selecionamos as principais.
O DREX É UMA CRIPTOMOEDA?
Não, e as diferenças entre criptomoedas e real digital são claras.
Enquanto as moedas digitais usam a gestão descentralizada, fora da regulação de banco ou governo, o real digital é emitido e regulamentado por uma autoridade monetária, o Banco Central.
Essa regulação não afeta os benefícios do drex, pois o objetivo das CBDC é serem uma opção ao uso da moeda corrente.
Além disso, o drex não é investimento; sua valorização cambial é apenas reflexo do real tradicional, enquanto as moedas digitais possuem um alto grau especulativo.
O DREX É UM TOKEN?
Tecnicamente sim, pois ambos são ativos digitais criptografados. Porém, é preciso ressaltar que eles têm finalidades totalmente diferentes: enquanto o real digital é uma opção de circulação do dinheiro na economia, o token é um veículo digital para a oferta de ativos reais e financeiros.
O drex será uma forma eficaz de comprar tokens dos mais variados projetos, seja uma safra de soja tokenizada ou um token de renda fixa, sem a necessidade de usar criptomoedas.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE O DREX E O PIX?
Essa é uma dúvida recorrente pois a instantaneidade é a marca nos dois processos, o que leva a crer que são a mesma coisa. Porém, existem diferenças e a principal é o potencial do drex para melhorar os negócios.
Ele será emitido em um ambiente digital e regulado que permitirá o desenvolvimento de inovações que interconectarão o sistema financeiro com serviços desenvolvidos na web3 e com base na blockchain.
Por outro lado, o PIX é um produto em si e com uma finalidade definida.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO DREX PARA O BRASIL
GERAR NEGÓCIOS MAIS SEGUROS E MAIS ÁGEIS
As negociações com drex passam obrigatoriamente por plataformas onde elas são geridas através de smart contracts – documentos digitais inseridos que regulam todas as condições necessárias e sem o cumprimento de todas, não há a concretização do negócio.
Como exemplo, seria a venda de veículo; todas as condições comerciais e legais estarão previstas e o contrato gere o cumprimento de todas. Com isso, temos transações mais seguras e ágeis, devido à qualidade de processamento no ambiente digital.
Esse cenário será ainda mais importante para os negócios internacionais com drex, pois se usará a moeda digital que é mundialmente reconhecida.
CONFERIR MAIS CREDIBILIDADE ÀS OPERAÇÕES TOKENIZADAS
As transações com tokens e drex são individualmente criptografadas e registradas em um livro-razão digital, disponível para todas as partes, conferindo credibilidade e uma camada extra de segurança.
REDUZIR SUBSTANCIALMENTE O CUSTO COM PAPEL-MOEDA
Ofertar papel-moeda é um custo significativo para o sistema financeiro – só o transporte de valores, segundo estimativas, pode chegar a R$ 10 bilhões por ano, sem contar a emissão e a segurança das entregas.
Todo esse gasto impacta fortemente os custos de serviços bancários, o que será reduzido ao logo do tempo com o aumento da capilaridade do drex.
COIBIR A LAVAGEM DE DINHEIRO
Um dos maiores desafios do sistema financeiro e do arcabouço judicial do país é encontrar formas de coibir e evitar crimes financeiros, especialmente a lavagem de dinheiro, que é feita com dinheiro em espécie e circuitos complexos de movimentação de capital.
A negociação com tokens monetários, dentro do ambiente com o nível de segurança da blockchain, inibe a prática de crime financeiro, pois toda a transação é 100% rastreável e pública.
DEMOCRATIZAR E REDUZIR A INFORMALIDADE
O drex promoverá a inclusão financeira para a população desbancarizada e contribuirá para reduzir a economia informal e, a médio e longo prazo, permitir o acesso ao crédito de pessoas que hoje são economicamente invisíveis.
ELEVAR A QUALIDADE DOS SERVIÇOS FINANCEIROS E BANCÁRIOS
A moeda digital fiduciária estimulará a inovação no setor financeiro, incentivando o desenvolvimento de novas soluções e serviços blockchain-based e criptográficos. Além disso, a redução dos custos da cadeia do dinheiro físico permitirá a oferta de produtos financeiros mais atraentes .
COMO ESTÁ O PROJETO DE CRIAÇÃO DO DREX
O projeto drex se iniciou em 2020 quando o BACEN criou um grupo de trabalho composto dos mais variados atores do mercado financeiro e do mercado de capitais para avaliar o desenvolvimento de uma versão digital do real.
Diversas etapas foram cumpridas com êxito até o momento.
- Definição e divulgação das diretrizes de desenvolvimento;
- Avaliação de casos de uso do drex;
- Estudos de viabilidade tecnológica;
- Desenvolvimento da plataforma drex do Banco Central;
- Em maio de 2023, iniciou-se o piloto do drex com diversos participantes;
- Em julho de 2023, instituiu-se um fórum para debates com diversos representantes da sociedade acerca de dúvidas e proposições.
![TESTES JÁ REALIZADOS COM O DREX](https://blog.blockbr.com.br/wp-content/uploads/2024/03/testes-drex-realizados.jpg)
TESTES JÁ REALIZADOS COM O DREX
No final de agosto de 2023, foi feita a primeira transação entre bancos movimentando saldo da CBDC brasileira, entre o Banco do Brasil e a Caixa Econômica com processamento no sandbox do BACEN – o ambiente de desenvolvimento e testes do projeto.
Essa operação era cercada de muita expectativa, menos pelo sucesso que já era esperado e mais pela realização em si, pois representa uma chancela fundamental para a continuidade do projeto do real digital e para o desenvolvimento da tokenização no país.
MICROSOFT JÁ REALIZOU MAIS DE 150 TESTES DE TRANSAÇÕES COM DREX
A Microsoft, participante com outras grandes corporações do grupo de trabalhos multidisciplinares para atestar a funcionalidade do drex, já realizou cerca de 150 testes de transações através de uma solução de privacidade desenvolvida pela big tech.
Os testes são de criação de carteiras digitais – que serão usadas pelos consumidores e investidores, simulação de contas de clientes e de transferência de ativos.
705 OPERAÇÕES EXPERIMENTAIS REALIZADAS
Em dezembro de 2023, já havia o registro de 705 transações experimentais com drex entre os 16 consórcios do projeto do real digital.
As primeiras impressões do BACEN e dos participantes são as melhores até agora e o consenso é de que os testes com a população ocorrerão entre o quatro trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025.
QUANDO O DREX SERÁ LANÇADO AO PÚBLICO?
O lançamento do drex estava previsto para o final de 2024.
Porém, devido à operação padrão dos servidores do BACEN, o projeto sofreu atrasos como um todo e, após restabelecido o ritmo dos trabalhos e com os resultados positivos das transações de teste, o novo prazo de implementação do drex foi revisto para o primeiro trimestre de 2025.
Atualmente, apenas três países já operam com CBDC: Jamaica, Nigéria e Bahamas. Ao se cumprir a nova previsão, o Brasil será a primeira das 10 maiores economias no mundo a operar com a moeda nacional digital.
O DREX VAI SUBSTITUIR O REAL?
Como vimos até aqui, substituir talvez não seja o termo correto para falar da projeção do uso do drex no mercado. Uma economia digitalizada nas oportunidades é muito diferente da democratização de acesso a elas.
Estamos caminhando para a tokenomics, o potencial de transformações que esse cenário traz para economias e sociedades é incalculável e as CBDC são parte essencial nesse fenômeno.
Afinal, elas conferem um selo governamental de credibilidade.
Apesar desse cenário promissor, a desigualdade de acesso à tecnologia ainda é um grande desafio. No Brasil, 29 milhões de pessoas ainda não possuem aparelho celular.
Por outro lado, a digitalização do real trará mais agilidade com absoluta segurança para negociações complexas – imóveis, veículos, participações societárias – e disputará espaços onde as criptomoedas estão, com a vantagem da chancela oficial.
Essa transição será especialmente positiva para o mercado de tokenização.
As negociações serão mais rápidas, aumentando a liquidez das ofertas e a confiança dos investidores.
A popularização do token, como moeda corrente ou como ativo, estimulará o investimento para que mais pessoas tenham acesso às novas tecnologias.
Se não será um mundo tokenizado, será um mundo com mais escolhas para todos.
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A tokenização é uma realidade no mercado, com um número cada vez maior de empresas e pessoas gerando receita com tokens. As ações recentes do BACEN e o real digital estão aumentando a credibilidade da tecnologia.
Para o sucesso do seu projeto, é fundamental contar com uma infraestrutura de tokenização para o mercado financeiro e outros mercados que seja adequada e eficiente, compreendendo:
- Estudo de viabilidade técnica, fiscal e legal;
- Emissão de tokens e do contrato inteligente com governança transparente;
- Distribuição de tokens em plataforma de vendas simples e segura;
- Governança de tokenização eficiente e assertiva.
Conheça o trabalho de infraestrutura da BLOCKBR para os mercados regulado e não regulado através de plataforma All-In-One que oferece interoperabilidade entre ativos e investidores.
Você não quer ver o concorrente sair na frente para faturar mais.
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A BLOCKBR é uma fintech especializada na construção de infraestrutura que permite uma migração simplificada para a tokenização, atendendo às necessidades de um ambiente altamente regulamentado.
Nossa principal missão é desenvolver autonomia ao mercado de capitais para que ele possa mover-se, crescer e acessar potencialmente ativos digitais. Desenvolvemos soluções jurídicas e tecnológicas que criam oportunidades e simplificam a forma como os serviços financeiros irão atuar, desde a estruturação e os novos papéis dos agentes envolvidos até a gestão e oferta desses ativos, gerando eficiência, menor custo e maior velocidade na liquidez.
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