Passamos pela web 1.0, marcada pela navegação unidirecional, a web 2.0 com acesso democrático e variadas formas de interação e agora a web 3.0 promete transformar ainda mais a experiência digital para o mundo físico – leia-se metaverso.
Transformações essas que mudaram (e ainda vão mudar!) drasticamente o mercado da tecnologia, haja vista a bolha dos anos 2000, que marcou a supervalorização desse meio de comunicação e gerou a falsa ideia da possibilidade de lucros ilimitados.
À época, muitas empresas queriam surfar a onda do ponto-com, mas o mundo começou a perceber que internet não era uma fonte de ganhos sem limites e a bolha estourou.
Resultado: o preço das ações despencou e a falência de muitas corporações foi iminente.
Trazendo para o contexto atual, propomos uma reflexão: existe uma linha tênue entre as oportunidades e o oportunismo que a web 3.0 pode desencadear em termos de investimentos e aqui falamos de ativos digitais sólidos e ativos digitais não sólidos.
Nem tudo é o que parece ser na Web 3.0!
Nesse artigo, a BLOCKBR traz uma discussão: o que é oportunismo e o que é oportunidade na web 3.0? E como devemos lidar com os perigos na terceira onda da internet!
O QUE É A WEB 3.0?
A web 3.0 ou terceira onda da internet é a fase mais atual da grande rede e que se caracteriza por ser um ecossistema descentralizado e baseado na tecnologia blockchain, que é a geradora de uma das maiores revoluções tecnológicas das últimas décadas: as criptomoedas.
Vamos falar dos principais conceitos da web 3.9.
DESCENTRALIZAÇÃO DE CONTEÚDOS NA WEB 3.0
Atualmente, os sites, blogs, redes sociais e seus conteúdos estão hospedados em servidores controlados por empresas que, portanto, são proprietárias desses ativos digitais e isso traz uma série de incômodos para usuários e entusiastas da descentralização.
- Uma rede social pode derrubar um usuário, pois é proprietária da conta e de tudo que está contido nela;
- A rede pode exercer censura de conteúdo, que provoca uma zona cinzenta quanto à subjetividade de critérios;
- As empresas recebem monetização pela visibilidade, interações e propaganda gerados com os conteúdos de usuários.
Na web 3.0 os conteúdos serão armazenados em blockchain, as redes criptografadas que hoje hospedam os tokens de ativos e as criptomoedas.
O controle é eletrônico e de uma grande rede de computadores interligados entre si, que compõem a blockchain e usam os protocolos de segurança de dados de alto nível da rede.
A propriedade passará a ser diretamente do usuário, sem intermediações de permissão ou de exclusão.
MAIS PRIVACIDADE E SEM AUTENTICAÇÃO
Com a descentralização, não há mais o preenchimento de formulários de cadastro e validações de acesso; cada usuário terá mecanismos individuais de acesso, como as carteiras digitais, com suas chaves de acesso a cada mídia social.
As informações do usuário não serão públicas e ele definirá o que será compartilhado na rede.
EXPERIÊNCIA MAIS IMERSIVA
Aqui estamos falando da revolução do momento: o metaverso, que propõe levar os usuários a ambientes que conjugam realidade aumentada, realidade virtual e criptoeconomia e que será o modelo de interação dos usuários com suas mídias sociais.
QUAIS SÃO OS PERIGOS DA WEB 3.0?
Em uma análise inicial, já podemos perceber que a imputação da autoridade absoluta sobre os conteúdos nas mãos do usuário pode eliminar a obscuridade quanto aos critérios de censura de conteúdo.
Por outro lado, teremos de lidar com algo igualmente (ou mais) preocupante: o uso da rede para propagar discurso de ódio e perseguição.
Outro aspecto relevante é o possível controle da blockchain: se uma empresa assumir o controle de 50% dela, voltamos a ter uma centralização.
Por fim, a infraestrutura da terceira onda da web é baseada em blockchain e criptoativos, entre eles os NFT – o non-fungible token (ou token não fungível, em português) no mercado de ativos financeiros.
Os NFT se tornaram uma verdadeira revolução na forma de negociar bens únicos, para os quais não há outro igual e, portanto, tem uma valorização grande.
A tecnologia de tokenização desse tipo de ativo digital, com mais agilidade e segurança na oferta, em especial no metaverso, amplificou a sua importância para os negócios digitais.
Porém, um digital asset, para tornar-se um investimento, precisa possuir garantias, lastros, que devem ser claros e aparentes. O token não fungível, no entanto, não representa um ativo de investimento e sim de pertencimento.
Portanto, mais do que a segurança digital e outros pontos positivos do NFT, é preciso estudar o potencial de valorização do bem original pois, ao contrário das moedas digitais, não há uma dinâmica de procura e oferta para itens tão exclusivos.
COMO SE PROTEGER NA WEB 3.0
Como toda novidade impactante – e a web 3.0 é revolucionária em grande sentido – é preciso tomar as devidas precauções durante o processo de maturação, enquanto os organismos de observação e os mecanismos de defesa de interesse dos usuários atuam.
ESTUDE SOBRE O MERCADO
Tenha conhecimento, por exemplo, se o que despertou o interesse de investimento é algo real, sólido. É necessário conhecer minimamente os riscos e as características do ativo digital antes de investir.
ESCOLHA PARCERIAS SEGURAS E CONFIÁVEIS
Quando se trata de investimentos digitais, o terreno para falsas ofertas é vasto. Por isso, é importante escolher uma solução, uma empresa reconhecida no ramo, com credibilidade.
Para não cair em uma cilada, além de estudar o mercado, é preciso estudar bem a proposta, bem como a reputação das pessoas por trás dela.
FIQUE CIENTE DOS RISCOS
Aqueles que desejam buscar uma rentabilidade maior inevitavelmente precisam aceitar um nível de risco mais elevado. Muitas vezes, esses riscos ficam ocultos ou exigem um esforço maior para percebê-los.
Portanto, ficar atento aos detalhes faz toda a diferença.
CUIDADO COM A PROMESSA DE “FÓRMULAS MÁGICAS”
Nunca invista com pressa. Estude muito todas as condições da proposta, pois as análises mais profundas podem evitar contratempos mais adiante.
O CONHECIMENTO É A CHAVE
O mercado de ativos digitais é dinâmico, tanto no quesito tecnológico quanto na oferta de produtos e serviços. Manter-se atualizado sobre as novidades do setor é uma condição inerente à área.
Todo o cuidado é pouco quando os olhos e os anseios se voltam ao mercado financeiro que a web 3.0 favorece.
Para evitar que uma nova bolha estoure, global quanto individual, é fundamental ponderar todos os detalhes e questões possíveis e não agir pela impulsividade do momento.
Isso é imprescindível para minimizar danos, evitar prejuízos irreversíveis e, principalmente, potencializar ganhos seguros!
BLOCKBR Digital Assets é uma fintech que une a inovação tecnológica e o conhecimento digital para transformar ativos físicos em digitais, no processo de tokenização de ativos.
A oferta de ativos físicos e financeiros tokenizados, tanto os atuais quanto novos, é democrática e descentralizada, o que torna a forma de investir segura, mais simples e mais eficiente.
Viabilizamos, estruturamos, emitimos e fazemos a oferta de tokens em nossa plataforma e fora dela. Esteja ciente que tokens dependem de viabilidade e fatores regulatórios.
Você quer tokenizar seu negócio ou parte dele? Tem uma solução de negócio e faz sentido emitir seu próprio token?